Nesta
visita ao norte fizemos uma parceria com Jeffrey Sachs e visitamos o Distrito
Kpasenkpe, onde conhecemos Fatahiya Yakubu, uma enfermeira de 24 anos,
trabalhando duro para ajudar a comunidade. Ela é uma de apenas duas enfermeiras
que servem 30.000 pessoas em seu consultório. Ela claramente poderia fazer com
alguma ajuda, como poderia a toda comunidade.
É
por isso que eu estou animado, pois o Departamento do Reino Unido para o
Desenvolvimento Internacional já começou a trabalhar, a partir desta semana, em
Kpasenkpe, através do método Aldeias do Milênio e com a Autoridade Regional de Desenvolvimento Acelerado
Savvanah. O projeto Aldeias do Milênio é uma experiência importante. Acompanhar
uma aldeia e distrito em um período e trabalhar em todos os setores – investir
na educação, agricultura, saúde, governança – ao mesmo tempo.
A
abordagem não tem sido imune às críticas e muitas lições têm sido aprendidas ao
longo do curso dos projetos Vilas do Milênio em outras partes da África.
Com
base neste trabalho, é também crucial que este último programa para Kpasenkpe
seja, de forma independente, rigorosamente fiscalizado através de controle
aleatório, de dados disponíveis publicamente e os resultados publicados para
que os contribuintes britânicos possam ver como seu dinheiro está sendo
investido e quais resultados estão sendo ou não alcançados.
Ajuda
por si só não é a resposta para o desenvolvimento – as políticas que promovem a
transparência, a boa governança, o comércio, o investimento e o crescimento
inclusivo são igualmente importantes – às vezes até mais. Mas a ajuda
inteligente, estrategicamente utilizada, pode salvar vidas em curto prazo e
ajudar a catalisar as comunidades e economias nacionais para prosperar em médio
e longo prazo.
O
tipo de monitoramento independente deste projeto Aldeias do Milênio será
examinado para que se torne uma prática mais generalizada frente ao setor de
desenvolvimento. No geral, a comunidade de desenvolvimento precisa se tornar
mais parecida com o setor empresarial na forma de experimentar, enfrentar tanto
o sucesso e o fracasso bravamente, correr riscos, ser empreendedora, aprender
lições e se adaptar. Ajuda inteligente, do tipo que nós defendemos para a ONE,
é um investimento que mede resultados, que se mantém responsável pela entrega,
que oferece a melhor avaliação independente do que funcione e, mais importante,
honra as lutas reais destes cidadãos, por se abrirem a respeito do que não
funciona.
Como
parte de nosso próprio compromisso, nós iremos acompanhar o andamento de
Kpasenkpe e Fatahiye e outras comunidades e indivíduos em todo o continente.
Queremos saber o que as heroínas como Fatahiya fazem a seguir e como elas irão
aproveitar e obter as oportunidades que devem surgir como resultado,
principalmente, de seus próprios esforços – apoiados por britânicos, de outros
programas de ajuda às nações e outras políticas que abrangem assuntos como
comércio e transparência. E queremos ouvir as suas preocupações e críticas ao
projeto também. Nós publicaremos suas histórias neste blog.
Queremos
dar a essas vozes vitais uma plataforma para que possamos levar suas opiniões
diretamente aos líderes, como a reunião do G8, ou as Cimeiras Anuais da União
Africana, e dar às pessoas mais pobres a oportunidade de dizerem aos líderes o
que deveriam estar fazendo para ajudar a acabar com a pobreza extrema e a fome.
Estas
são as vozes que eu quero ouvir. Espero que você também. Portanto, fique atento
ao blog ONE para mais.
Por Jamie Drummond
Versão em Português:
Mônica Brito