domingo, 25 de dezembro de 2011

Afinal, eles sabem que é Natal?

Não havia Music Television, celulares,  redes sociais, mensagens instantâneas...escrevíamos cartas, mandávamos telegramas, pagávamos caríssimo por nossos amados LPs, fitas K7, pelas revistas de rock e letras das músicas... era um tempo ao qual muitos dos que nos lêem hoje, mal conseguem vislumbrar. No espaço de uma geração a humanidade deu um salto tecnológico tão impressionante que eu mal consigo acreditar.
Eu era uma menina muito curiosa e impressionada com o admirável mundo novo (para aquela época) que via a minha frente. Quando me deparei com esse vídeo, soube que era um divisor de águas em minha vida,  soube que não me conformaria com o mundo como ele era e que tinha obrigação moral de fazer algo para mudá-lo. Que tolinha.
Mas tenho a honra de dizer que devo tudo o que sei a esta música. E também o embaraço de assumir que minha geração não conseguiu mudar aquele quadro, tímida por ouví-la e admitir que continua tão vergonhosamente atual.
Apesar do salto tecnológico gigantesco, neste exato momento, há pessoas morrendo de fome.


“How long must we sing this song?”




“Every generation gets a chance to change the world”.



Letra de Bob Geldof- traduzida:

"É Natal,
Não precisa ter medo
No Natal,
Nos alegramos e esquecemos as tristezas
E no nosso mundo de fartura
Podemos expressar um sorriso de alegria
Abrace o mundo neste Natal

Mas, faça uma prece
Ore pelos outros.
No Natal é difícil,
Mas, enquanto você está se divertindo
Há um mundo do lado de fora da sua janela
e é um mundo de dor e medo
Onde a única coisa que flui
são amargas e dolorosas lágrimas
E os sinos do Natal que tocam lá
São os repiques da ruína
Bem, esta noite, agradeça a Deus por ser eles
Ao invés de você

E neste Natal não haverá neve na África
Este ano, o maior presente que eles receberão é a vida
Onde nada jamais cresce
Onde não há chuva nem rios
Afinal, eles sabem que é Natal?

À sua saúde, brindemos a todos
À saúde deles, debaixo daquele sol escaldante
Afinal, eles sabem que é Natal?

Alimente o mundo
Diga-lhes que é Natal"




Por Li Lima

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

África fala com uma só voz em Durban

Quinta-feira, 08 de dezembro foi o dia das negociações da África sobre o clima na COP17 em Durban. Este evento de alto nível foi o ponto decisivo das conferências diárias  para o desenvolvimento e crescimento sustentável da África. Líderes reuniram-se para mostrar ao mundo a oportunidade que existe para desenvolvimento de energia na África.
O continente tinha 6 das 10 economias que mais rapidamente cresciam no mundo nos anos 2000. Tem um dos maiores potenciais para produção de energia renovável e uma enorme reserva de recursos naturais não explorados. Líderes falaram de seus desejos de concretizar estas oportunidades energéticas tanto para crescimento econômico quanto para a redução sustentável da pobreza.
Entre os participantes: Presidente da África do Sul Jacob Zuma, Primeiro-Ministro da Etiópia Meles Zenawi, Presidente do Congo Denis Nguesso, Presidente da Comissão da União Africana Dr. Jean Ping, Presidente do Banco de Desenvolvimento da África Dr. Donald Kaberuka – muitos outros ministros Africanos e observadores internacionais, incluindo a ONE.
No sentido de concretizar o potencial o continente precisa de um plano para mobilizar investimentos no setor energético e trabalhar em conjunto. O dia Africano na COP mostrou que eles estão se movimentando fortemente nesta direção com planos nacionais, melhorias nos níveis de cooperação e implementação de políticas para dar confiança aos investidores e doadores. 
Como Lord Nicholas Stern disse: “As pessoas estão começando a perceber o potencial da África. O recente artigo no Economist  (link em inglês) comprova isto.” O Dia da África foi contudo, mais que mostrar seu potencial. Foi também sobre a definição de sua própria visão para um tipo de crescimento que irá ignorar os atuais métodos industriais poluentes das nações desenvolvidas, ao invés disso, usar novas tecnologias para impulsionar a redução da pobreza e fortalecer a economia.
O mais encorajador foi o nível de harmonia entre os diversos líderes e o público de que a África pode ser o continente que faz as coisas de modo diferente. A promessa de trabalhar em conjunto num plano que proporciona crescimento sustentável para todos poderia de fato virar o jogo. O Economist está certo- A África está realmente crescendo.


Por Tom Wallace
Versão em Português: Li Lima

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Como foi: Piquenique & Confraternização

Para fecharmos um maravilhoso ano, nós voluntários da ONE no Brasil realizamos um encontro no Parque do Ibirapuera em São Paulo, no dia lindo, quente e ensolarado de 11 de Dezembro, verão aqui no Brasil.
Esse encontro promoveu a integração das pessoas que de uma maneira ou outra contribuíram na luta contra a pobreza extrema. Além disso, compartilhamos o trabalho da ONE com frequentadores do parque  e membros de alguns fã-clubes que em paralelo realizaram um evento solidário. 
Em clima de muita descontração, animação e ao som de U2, além de realizarmos um delicioso piquenique, trocamos idéias sobre a ajuda humanitária, Aids, questões políticas e trabalho voluntário.
Agradecemos a todos os brasileiros de todas as partes, que nos ajudam diariamente divulgando e assinando as petições. Sabemos que o verdadeiro voluntário é aquele que dá o melhor de si, sem esperar nada em troca ou mensurar o tamanho da ação, pois são com pequenas atitudes que construímos as grandes mudanças.



"Together as ONE"

Por Deise Oliveira

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Uma atualização sobre o Chifre da África

Muito obrigado aos membros da ONE, a nossa voz coletiva ajudou a arrecadar fundos de recursos da ONU para o Chifre da África em US $ 1 bilhão e provocar outros mais de 700 milhões dólares em promessas (de contribuição). Se forem somadas e cumpridas, essas promessas preencheriam mais do que a lacuna e US $ 530 milhões dos fundos.
Enquanto a ONE continua a pressionar os líderes mundiais no cumprimento de suas promessas e remeter o tão necessário apoio para salvar vidas agora, muitos africanos no Chifre da África estão longe de estarem fora de perigo. Embora as regiões de Bay, Bakool e Shabelle no sul da Somália foram rebaixadas ao status de fome de emergência humanitária em 18 de novembro, a situação na Somália é ainda particularmente terrível.
Quatro milhões de pessoas permanecem com insegurança alimentar na Somália e 250.000 no Sul da Somália continuam a enfrentar condições de fome. Estas condições devem persistir pelo menos até dezembro de 2011 e, dependendo da favorabilidade das chuvas na primavera de 2012, poderia ser prolongado.
Pessoas deslocadas enfrentam maior risco de sarampo, cólera, poliomielite, diarréia e outras doenças, devido à desnutrição, de alojamentos próximos e instalações sanitárias inadequadas. Na Somália, o número de crianças que enfrentam desnutrição grave quase dobrou no segundo semestre de 2011. Casos de cólera e as mortes relacionadas continuam. Surtos de sarampo têm diminuido desde Setembro, mas houve um pequeno aumento em novembro.
A comunidade internacional e as ONGs locais reassentaram 4.000 famílias deslocadas pela seca na Somália (24.000 pessoas) que estavam acampadas em Mogadíscio (capital da Somália). Os retornos são voluntários com a maioria das pessoas ansiosa para aproveitar o que sobrou da estação chuvosa e começar a reconstruir suas vidas. A Red Crescent Society dos Emirados Árabes Unidos (UAE-RCS) na Somália, uma das agências envolvidas no processo de reassentamento, está dando US $ 150 a cada família além de um suprimento de três meses dos recursos de gado, alimentos e outros.
Um novo programa de televisão de duas partes da Al Jazeera em Inglês, "Fault Lines"  visualiza Mogadíscio de dentro, onde os pais estão enterrando seus filhos e perguntando o que mais poderia ter sido feito para evitar esta crise e que mais pode ser feito agora. Uma pergunta muito oportuna enquanto Al Shabaab ordenou 16 agências de ajuda - muitos deles das Nações Unidas - para deixar seu território.
Depois de ataques esporádicos e seqüestros dentro das fronteiras do Quênia por Al Shabab, forças militares quenianas invadiram a Somália no mês passado. O objetivo era aproveitar a baldeação de transportes de Afmadow e a cidade portuária de Kismayo no Oceano Índico, ambas importantes fortalezas de al-Shabaab ao sul de Mogadíscio. Ao fazer isso, Quênia espera estabelecer uma zona tampão no sul da Somália para evitar a infiltração de terroristas e ajudar as agências humanitárias na região a obter um melhor acesso. Quênia já apreendeu algumas cidades e está convocando as agências de ajuda para voltar. Reuters relata que o Quénia tem sido "atormentado por uma onda de ataques" desde que as tropas entraram na Somália.
A Etiópia, apesar das perdas sofridas a partir de invasão de 2006 a 2009, é relatada estar de volta em toda a fronteira com a Somália. Embora o governo etíope não confirmou sua participação, muitas testemunhas oculares relataram tropas etíopes na cidade de Guriel. Pouco se sabe sobre as intenções da Etiópia neste momento.
E sobre o governo da Somália? Richard Dowden da Royal African Society, escreve que, com Al Shabaab ausente de Mogadíscio em meados de agosto e "com a incursão militar do Quênia, ao sul, apresenta o governo - conhecido como o Governo Federal de Transição (Transitional Federal Government – TFG) - a oportunidade de provar a si mesmo e proporcionar alimento e segurança para o povo. Mas isso é improvável de acontecer... " Ele cita o que o especialista no Chifre da África, Ken Menkhaus disse: " O histórico da TFG até agora aponta à conclusão oposta -. Nunca se perdeu uma oportunidade de perder uma oportunidade "

Por Emily Alpert
Versão em Português: Aline Dias

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Sucesso - por causa de você.

Eu estou muito satisfeito de compartilhar algumas boas notícias: você contribuiu com outra campanha de sucesso! Graças a sua pressão e de outras 65.000 pessoas que assinaram nossa petição por transparência, governos deram um passo gigante a frente no sentido de garantir que o dinheiro das doações tenham o maior impacto possível na redução da pobreza. Isto significa que nos países mais pobres ao redor do mundo os financiamentos ajudarão a salvar mais vidas, mais crianças terão oportunidade de ir a escola e mais famílias sairão da pobreza extrema.
Junto a nossos amigos da Publish What You Fund  (Publique o que Você Doa- em tradução livre), a ONE (http://www.one.org/international/ ) apresentou uma petição na reunião de governos semana passada na Coreia do Sul solicitando que eles publiquem detalhes sobre o dinheiro que doam. E a pressão funcionou. Muitos governos doadores e instituições publicaram informações de seus gastos com doações enquanto outros, incluindo o maior doador do mundo, os Estados Unidos, assinaram um acordo internacional comprometendo-se a fazer o mesmo.
Alan Hudson e Sara Messer (da ONE) entregam a petição “Faça Doação Transparente” ao Secretário de Estado para o Desenvolvimento Internacional  Andrew Mitchell(Reino Unido) , com Karin Christiansen ( Publish What You Fund) e outros parceiros.

Este é um desenvolvimento vital. Doadores serão capazes de se coordenar, reduzindo desperdícios  e sobras. Governos de países em desenvolvimento e organizações que implementam programas poderão planejar melhor, pois saberão quanto dinheiro receberão, para quais projetos e por quanto tempo. E mais, será possível aos cidadãos destes países pressionarem seus governos a prestarem contas porque saberão quais resultados são esperados deles de acordo com o dinheiro recebido.
Nós já sabemos que a ajuda , quando investida apropriadamente, leva a resultados impressionantes. Por exemplo: durante a última década, mais 46.5 milhões de crianças Africanas puderam ir a escola e o número de pessoas recebendo o tratamento contra a AIDS aumentou de 100.000 para 6.6 milhões. Graças a sua pressão, os acordos feitos semana passada agora significam que a ajuda financeira tem o potencial para obter resultados ainda maiores nos próximos anos.

Por Stuart McWilliam
Versão em Português: Li Lima

sábado, 10 de dezembro de 2011

Piquenique de confraternização - LOCAL

Olá Galera do Bem!

Estão animados para o piquenique de amanhã? 

O local de encontro será atrás do Auditório do Parque do Ibirapuera. Segue a foto do local.

Por Deise Oliveira

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Piquenique de confraternização

Queridos ONEr's Voluntários


Agradecemos a todos que assinaram as petições durante o ano, que ajudaram a divulgar e conscientizar pessoas do Brasil inteiro a olhar para aqueles que estão sofrendo na África.
O esforço de cada um é muito importante, não importa de que maneira você contribui, mas se contribui com o coração aberto e a consciência de que a partir de pequenas ações começamos a fazer a diferença no mundo, então já valeu a pena.

A todos vocês, "formiguinhas", nosso muito obrigado!

"Sometimes you can't make it on your own" 

Então, para comemorar "Together as ONE" convidamos todos para um piquenique que será realizado no Parque do Ibirapuera, no próximo domingo dia 11/12 às 10hs.
(O ponto de encontro divulgaremos durante a semana)

Informamos também, que além do nosso encontro, será realizado entre os fã-clubes UV (https://www.facebook.com/UltravioletU2Brasil/posts/227813680621790) e U2BR (http://u2br.virgula.uol.com.br/portal/node/10002694) um "Amigo Secreto Solidário". Participem! =)

Lembrando que será um piquenique, então tragam comes e bebes e muita animação!

P.S.: Quem tiver... vista sua camiseta ONE no dia do encontro. =)


Por Deise Oliveira

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

HIV/AIDS e outras doenças contagiosas


O Desafio


Apesar do HIV/AIDS, tuberculose (TB) e malária serem três doenças tratáveis e preveníveis, elas tem um impacto devastador nos países mais pobres. A África Subsaariana conta com 90% das mortes por malária,  dois terços de todas as pessoas vivendo com HIV e aproximadamente um terço de todos os casos de TB. O impacto humano dessas três doenças é inegável, mas seus impactos econômico e social são também graves e mensuráveis. Na África Subsaariana especialmente, a AIDS ameaça varrer uma geração inteira durante seus anos mais produtivos. Comércios estão perdendo seus trabalhadores, governos seus funcionários públicos e famílias perdendo não apenas seus entes queridos, mas também seus provedores.

A oportunidade


As ferramentas para prevenir e tratar HIV/AIDS, TB e malária são acessíveis, eficientes e já salvam milhões de vidas a cada ano. Por exemplo, graças ao sucesso nos esforços para baixar os preços dos medicamentos e o estabelecimento de programas como o Fundo Global ( link em inglês http://www.theglobalfund.org/en/) e o PEPFAR (link em inglês http://www.pepfar.gov/ ), um diagnóstico de HIV não é mais uma sentença de morte nos países mais pobres. Em 2009, aproximadamente 4 milhões de Africanos receberam medicação Anti-HIV/AIDS, enquanto em 2002 foram apenas 50.000 pessoas. Em apenas um ano a UNAIDS (link em inglês http://www.unaids.org/en/ ) estima que esse número cresceu 31%. O tratamento para Tuberculose também tornou-se mais acessível- 36 milhões de casos de TB foram tratados entre 1995 e 2008.
Progressos também foram alcançados na prevenção da disseminação dessas três doenças. Só o Fundo Global distribuiu 190 milhões de mosqueteiros para proteger famílias da malária e 1 milhão de mulheres grávidas com HIV receberam medicação para evitar a contaminação de seus bebês (em 2004 foram apenas 150.000 mulheres).

Versão em Português: Li Lima

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Um alerta na luta contra a AIDS

Uma sensação desconfortável, um tipo de ansiedade espalhou-se entre ativistas e doadores da luta contra a AIDS esta semana. O Fundo Global, parceria internacional responsável pela arrecadação e distribuição do dinheiro para o combate a AIDS, TB e Malária, anunciou que foi forçado a adiar aplicações em novos programas devido a insuficiência de financiamento dos doadores. Em vez disso terá que focar seus esforços na manutenção dos programas atuais. Depois de uma década de grandes saltos na luta contra a AIDS, é enorme a preocupação de que o progresso possa parar.
Novos números da UNAIDS esta semana mostraram que em apenas um ano incluímos 1.4 milhões de pessoas no tratamento. Em 2003 apenas 110.000 pessoas tinham acesso ao tratamento antiretroviral, atualmente são 6.6 milhões. Isto deve-se em grande parte ao trabalho do Fundo Global que é responsável por parcela considerável da resposta ao HIV e AIDS.
Apesar deste progresso, aproximadamente 8 milhões de pessoas ainda esperam por tratamento e o número de novos casos de HIV continuam elevados. Embora o tratamento efetivo para evitar que mães transmitam o vírus a seus bebês esteja disponível, menos da metade das mulheres soropositivas têm acesso a ele. Um grande impulso ainda é necessário para deixar essa epidemia para trás.
Este ano, pela primeira vez, evidências nos mostram que é possível vencer a AIDS em uma geração. Uma nova pesquisa descobriu que um indivíduo soropositivo em tratamento antiretroviral é 96% menos propenso a transmitir o vírus. Estas novidades deveriam nos dar mais razões do que nunca para sermos esperançosos de que podemos vencer a luta contra a AIDS. Mas esta esperança está sendo minada pelos doadores que não estão cumprindo suas promessas com o Fundo Global. No passado todas as promessas feitas ao fundo de doadores  foram cumpridas, mas agora esses números estão declinando. Alguns doadores não estão mantendo seus compromissos e outros estão adiando. Esta é a pior hora possível para atrasos e quebra de promessas.
Tem havido preocupações sobre o Fundo Global. É verdade que o Fundo identificou uma pequena proporção de financiamentos sendo perdidos. Mas o Fundo tem a política de tolerância zero para corrupção. Suspeita de corrupção é agressivamento investigada, funcionários corruptos vão para a cadeia, medidas são tomadas para reaver os fundos e novos responsáveis são colocados no lugar. O Fundo também introduziu um plano pró-ativo de ação para resolver assuntos pendentes. A transparência do Fundo Global e seu comprometimento em lidar com preocupações de frente é algo a ser celebrado. E reformas acertadas esta semana farão do Fundo não somente uma instituição de saúde global que salva vidas mas também um exemplo a ser seguido de ajuda inteligente e práticas transparentes. Se os doadores tinham dúvidas, agora eles devem ter confiança.
A Alemanha reagiu a esse avanço com a liberação de 100 milhões de dólares para apoiar o Fundo Global. Outros doadores precisam fazer o mesmo agora. E doadores devem comprometer-se com o sério planejamento de uma ambiciosa escalada de esforços nos próximos dois anos, para assegurar que o Fundo possa alcançar muito mais pessoas que precisam de sua ajuda. Não podemos aceitar perder campo justamento quando o fim da AIDS está a vista.
Quando o Fundo Global foi fundado, Kofi Annan disse: “a guerra contra a AIDS não será vencida sem um fundo de guerra”. Isto ainda é verdade hoje. O mundo precisa do Fundo Global e nós precisamos financiá-lo. Este seria o pior momento para vacilar.

Este artigo foi publicado no Huffington Post UK ( link em inglês http://www.huffingtonpost.co.uk/adrian-lovett/a-wakeup-call-in-the-figh_b_1113084.html)


Por Adrian Lovett
Versão em Português: Li Lima

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Uma história diferente para contar

Para aqueles de nós que cresceram na década de 1980, a palavra "fome" é quase sinônimo de Etiópia. Em 1984 e 1985, imagens de centros de alimentação lotados e bebês emaciados, da província de Tigray na Etiópia, foram marcadas na memória do público.

Link para o vídeo: (Em inglês) http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Iri9Y4A5YfI

Muitas dessas imagens foram obras de Mohammed Amin, o lendário fotojornalista queniano que foi um dos primeiros estrangeiros a viajar para Tigray em 1984. As fotos de Amin ultrajaram do mundo. O que se seguiu foi o Live Aid, Band Aid, e uma resposta internacional que por fim salvou milhões de vidas.

Salim Amin se encontra com uma família em Tigray. Foto @Chip Ducan


Algumas semanas atrás, eu voltei para Tigray com o filho de Mohammed Amin, Salim. Graças a mais de duas décadas de investimentos em agricultura, a Tigray que vemos hoje é uma que o pai de Salim mal reconheceria. Quase 20 por cento da terra na região é agora irrigada (comparado aos 6 por cento em nível nacional), ou seja, muitos agricultores não estão mais à mercê das chuvas erráticas. E 1,4 milhões de famílias estão participando do Productive Safety Net Program (Programa de Rede de Segurança Produtiva), que dá transferências de alimentos ou dinheiro para famílias vulneráveis em troca de trabalho em projetos comunitários. E mais, nova tecnologia e apoio aos agricultores que cultivam tef (um tipo nutritivo de grãos), a colheita de mel e criação de gado estão ajudando as pessoas a aumentar os seus rendimentos para um dia se graduarem da rede de segurança.

Durante a visita conversamos com dezenas de pessoas que estão se beneficiando com esses programas. Pessoas como Berimu Gebre-Micheal, que pode cultivar vegetais, agora que seus campos são irrigados, proporcionando renda adicional e de alimentos mais nutritivos para seus dois filhos. E há Kelelom, uma fazendeira de tef que perdeu seu pai em 1984. Ela aumentou seus rendimentos graças a melhores sementes, métodos de plantio e melhor acesso aos mercados.

Hoje, as histórias de Berimu e Kelelom são tão críticas como as fotos de Mohammed Amin eram em 1984. Porque 27 anos depois do mundo dizer nunca mais outra vez, outra fome está devastando a Somália. Especialistas alertam que esta poderia matar 750 mil pessoas nos próximos meses. A campanha da ONE, Hungry No More (Fome nunca mais), está chamando os líderes mundiais para pôr fim à fome para sempre, investindo na solução de longo prazo: a agricultura Africana.

Tigray é um modelo para o que acontece quando os governos investem em soluções de longo prazo à seca e insegurança alimentar. Você pode conferir o vídeo de Salim no player acima e assine nossa petição aqui.

Por Nora Coghlan
Versão em Português: Aline Dias

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Como seu apoio fez a diferença no G20

Na semana passada, eu estava em Cannes na cúpula do G20. Como você sabe, a cobertura da mídia a reunião estava cheia da zona do Euro e da Grécia, e você pode ser perdoado por pensar que foi tudo o que discutiram. Mas, por trás das manchetes, outra coisa muito importante aconteceu. Líderes do G20 ouviram a sua voz, e as vozes de mais de outros 400.000 que apoiaram a nossa campanha "Fome Nunca Mais".

Além do mais, eles comprometeram-se com várias soluções agrícolas de curto e longo prazo que propusemos para quebrar o ciclo da fome. Com mais de 13 milhões de pessoas ainda em crise no Chifre da África, eu queria que você soubesse com o que o G20 se comprometeu, como você ajudou a conseguir isso, e o que precisamos fazer a seguir.

Na sua declaração final, o G20 concordou que há uma necessidade urgente de reforçar as respostas de emergência e de longo prazo à insegurança alimentar e que investimentos responsáveis em soluções agrícolas de longo prazo nos países mais pobres é "essencial para promover a segurança alimentar e promover o crescimento da economia sustentável", especialmente quando focados nos pequenos agricultores.
Eles também comprometeram-se a reduzir os impactos perigosos da volatilidade dos preços de alimentos e melhorar a transparência dos mercados de commodities agrícolas, o que poderia fazer um mundo de diferença. Algumas das famílias mais pobres têm que gastar 80% de seus orçamentos domésticos em alimentos, então aumento de preços repentinos significam verdadeira dificuldade.

Mais uma boa notícia é que o presidente Calderón do México – próximo a presidir o G20 - anunciou em Cannes que a segurança alimentar será uma das grandes prioridades do G20 em 2012. O G20 tem feito um bom começo em uma estrutura de combate à pobreza através da agricultura, e agora é o momento para os  países darem um passo adiante e transformar isso em realidade.

Como um membro ONE, você é um dos nossos mais fortes defensores, e nós te devemos um grande Obrigado . Esta campanha foi de apenas 30 dias, e aqui está um resumo do que você ajudou a alcançar em nível mundial:
   *   409.000 pessoas assinaram a nossa petição pedindo aos líderes do G20 para agir, e mais de 700 mil assistiram o nosso comercial "F-word” no YouTube.
    *   Em apenas uma semana no Reino Unido, cerca de 500 membros procuravam por seus Membros do Parlamento através do nosso novo kit de ferramentas, levando a uma explosão de tweets, e-mails personalizados e encontros com deputados. Alguns membros também representaram a ONE em Downing Street (residência oficial e escritório do primeiro-ministro do Reino Unido), e entregaram nossa petição.        
   *  Membros da ONE na França juntaram-se ao nosso time de Paris para projetar nossos vídeos da campanha e uma lista dos nomes das pessoas que assinaram a petição na fachada do histórico Hôtel de Ville.
    *  Na Alemanha, os tweets dos membros provocaram uma resposta de um porta-voz do Governo assegurando que eles consideravam a agricultura, os preços de alimentos e segurança alimentar importantes no G20.
   *  Membros da ONE nos EUA entregaram nossa petição em Capitol Hill, levando nossa mensagem direto ao coração do governo dos EUA.

Mas este não é o fim da nossa campanha "Fome Nunca Mais". Embora tenhamos visto progressos, o G20 ainda tem um longo caminho a percorrer para garantir que estas promessas não sejam apenas palavras calorosas. Não ouvimos urgência suficiente ou compromisso com a implementação, e o foco poderia facilmente afastar-se desta questão crucial.

Nosso trabalho é impedir que isso aconteça, e manter a pressão. Assim, quando o menor grupo, o G8, se reunir em Chicago no próximo ano, e quando o G20 se reunir novamente no México, vamos precisar de seu apoio para pressionar por resultados concretos que façam os líderes mundiais responsáveis perante os seus compromissos.

Estaremos em contato para que você saiba como pode ajudar, mas por enquanto eu simplesmente queria dizer: Obrigado.

Juntos como um, estamos fazendo a diferença.

PS. Se você ainda não viu nosso documentário “Tigray: Then and Now” , então por favor dê uma olhada e compartilhe. Isto é o que seu apoio está ajudando a dar certo.

Por Adrian Lovett
Versão em Português: Aline Dias 

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Cinco lições para fazer a diferença no mundo

Hoje é o início da Global Entrepreneurship Week (Semana Global do Empreendedorismo), uma celebração dos inovadores que ajudam no direcionamento do crescimento econômico e expansão do bem-estar humano. Rupert Scofield, presidente e CEO da FINCA International e autor do livro “The Social Entrepreneurs Handbook” ( "O Manual dos Empreendedores Sociais"), fala sobre suas experiências como empreendedor social e pioneiro do microcrédito.
 
O Presidente e CEO Rupert Scofield visita FINCA Village Bank Group em Cabul, Afeganistão. Crédito da foto: funcionários/staff do FINCA.

Os membros da ONE estão entre os defensores mais comprometidos e enérgicos nas linhas de frente da luta contra a pobreza mundial que já vi em meus 40 anos. Vocês lêem o Blog ONE, vocês escrevem para os seus amigos, vocês visitam seus candidatos eleitos, vocês assinam petições, vocês elevam suas vozes - tudo porque vocês acreditam em justiça social e vocês querem um futuro onde cada criança tem uma chance de quebrar as correntes de pobreza e doença. Eu me sinto da mesma maneira, e em um mundo onde o foco é cada vez menos sobre os desafios que enfrentam as pessoas mais pobres do mundo, peço-lhes que perguntem a si mesmos: E se eu deu o passo seguinte e tornar-me um empreendedor social, aplicando a minha energia para iniciar um novo negócio, organização, ou uma campanha para trazer a mudança que desejo ver no mundo?

Esta é uma pergunta difícil, e eu posso assegurá-los não há resposta fácil para isso. Mas depois de quase quatro décadas fazendo pequenos negócios de "microcréditos" para mulheres nas comunidades mais pobres do mundo com a minha organização, FINCA International, tenho desenvolvido uma visão sobre o que são os ingredientes mais importantes para o sucesso no empreendedorismo social.


Aqui estão cinco lições para os empreendedores que estão pensando em mergulhar na ação social:


1. Siga sua paixão. Começar a FINCA foi um trabalho duro, mas foi um trabalho com tanto amor que eu nunca vi como um trabalho. Nós estávamos em uma missão, e nossa paixão e entusiasmo atraiu muitas pessoas talentosas dispostas a compartilhar suas habilidades e experiência.Pessoas, especialmente os recém-licenciados, muitas vezes me perguntam: "Por onde eu começo?" Eu respondo com uma pergunta a mim mesmo: "O que ou quem você se preocupa? O aquecimento global? Fome no mundo? Corrigir um erro? "


2. Seja um voluntário. Se você não está completamente certo por onde começar, voluntarie-se para uma ONG sem fins lucrativos nos EUA ou no exterior. Você vai descobrir rapidamente se este trabalho é para você ou não, se você escolheu a causa certa, e se você está pronto para dar o próximo passo em direção a iniciar ou participar de um empreendimento social. Como defensor ONE, você está trabalhando ativamente para promover a justiça social e acabar com a pobreza global. Em outras palavras, você já deu o primeiro passo.


3. Andar uma milha “em seus sapatos” (se pôr no lugar deles). Empreendedores sociais se sentem apaixonados por alguma coisa, geralmente corrigir uma injustiça ou ajudar um grupo de pessoas que estão recebendo um tratamento injusto e são impotentes para fazer algo ou nada sobre isso. Mas os empreendedores sociais não deve apenas ler sobre seu eleitorado, eles precisam "andar uma milha em seus sapatos/se pôr no lugar deles", a fim de desenvolver uma compreensão de sua situação. Se você puder, encontre uma oportunidade de sair em "campo" e viva nas comunidades que você está tentando ajudar.


4. Construir tijolo por tijolo. Para operar uma organização bem sucedida socialmente focada, você deve começar como faria com qualquer outro negócio: você precisa aprimorar suas habilidades e adquirir a experiência necessária. Você vai precisar recrutar outras pessoas que realmente acreditem na sua causa. Você vai precisar levantar o capital para financiar seu negócio social, para fazer folha de pagamento, e para fornecer os bens e serviços para o eleitorado que você identificou. Como você conseguiu isso? Tijolo por tijolo. Não há atalhos que eu tenha encontrado, fazendo diligência, paciência e criatividade as chaves para o sucesso.


5. Nunca pare de inovar. O futuro do empreendedorismo social é limitado apenas por nossa imaginação e criatividade. De muitas formas, todas as empresas socialmente responsáveis estão se movendo nessa direção.Seus funcionários e acionistas estão exigindo que sejam responsáveis por mais do que apenas trazer dinheiro para a linha de fundo - fazendo novas abordagens para os problemas e obrigações. Estamos em contínuo diálogo com nossos clientes para identificar os novos produtos e serviços que eles mais precisam para construir meios de subsistência mais estáveis e seguros.

Por One Partners (Parceiro da ONE)
Versão em Português: Aline Dias

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Comércio e Investimento




O Desafio

O comércio é um componente essencial para o crescimento econômico e fornece uma oportunidade para países da África, comunidades e produtores ganhar a vida. Após anos de crescimento impressionante, a África sofreu uma desaceleração com o evento da crise financeira, os efeitos foram agravados pelas anteriores crises de combustíveis e alimentos. Os países africanos não apenas estão lutando para construir seus próprios mercados e reduzir a pobreza através do comércio, eles terão um período ainda mais difícil com a queda nos investimentos, falta de demanda por produtos Africanos, pagamento de dívidas externas, e vai se recuperar mais lentamente que a economias desenvolvidas ou emergentes.

Por décadas, a África Subsaariana tem lutado para obter lucro no comércio global. Apesar de algum progresso nos anos recentes, a crise financeira global ameaça diminuir esses ganhos. África Subsaariana enfrenta o maior desafio do mundo para acessar os mercados locais, regionais e global. A região também enfrenta significantes desafios na oferta de produtos que precisam ser abordados para que políticas sejam implementadas, os Africanos podem produzir produtos competitivos e transportá-los aos mercados.


A oportunidade

O crescimento econômico, guiado pelo comércio e investimento, é o motor principal que irá acabar com a pobreza na África Subsaariana. Abordar os desequilíbrios adjacentes no comércio mundial e investir em desenvolvimento de longo prazo no setor de comércio é mais crucial que nunca para a África recuperar-se da crise financeira global, cumprir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (Link em Inglês: http://www.un.org/millenniumgoals/ ) e construir resistência para futuros choques econômicos.

Mesmo se a África adquirir somente uma pequena porcentagem do comércio mundial, fará uma grande diferença: em 2008, 1% do comércio mundial equivalia a 195 bilhões de dólares, mais de 5 vezes o valor que a África Subsaariana recebeu em assistência ao desenvolvimento naquele ano. A habilidade de exportar produtos para os mercados regionais e internacionais pode ser a fonte vital de lucros para muitos daqueles países . Países desenvolvidos podem fornecer o investimento necessário em infraestrutura e capacitação. Finalmente, aumentar o comércio e investimentos entre os países africanos pode trazer reais benefícios no aumento da oferta de empregos e maiores salários. 


Versão em Português: Li Lima

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Água e Saneamento

O Desafio
 
Água suja e falta de saneamento básico minam os esforços para acabar com a Pobreza Extrema e doenças nos países mais pobres do mundo. 4.100 crianças morrem diariamente de diarréia severa, que é causada por falta de saneamento e higiene. Mulheres e meninas em países em desenvolvimento passam a maior parte do dia coletando água para suas famílias, caminhando 5.6 Km em média para isso. Meninas frequentemente abandonam a escola primária por não ter banheiros separados e fácil acesso a água limpa. 
 
A oportunidade

O acesso a água potável e instalações sanitárias podem transformar a vida de milhões de pessoas nos países mais pobres do mundo. Acesso universal a água e saneamento podem evitar a morte de milhares de crianças e liberar horas diariamente para mulheres e crianças ir trabalhar ou ir a escola. Isto é especialmente verdade para meninas – estudos mostram que 12% das meninas estão mais propensas a ir a escola se o acesso a água estiver disponível à 15 minutos do que a 1 hora de caminhada.

Investir em água e saneamento é também economicamente inteligente. Cada 1 dólar gasto em água e saneamento gera o equivalente a 8 dólares em tempo economizado, aumenta a produtividade e reduz os custos com Saúde. O cumprimento das metas de Água e Saneamento previstos no “Objetivo de Desenvolvimento do Milênio” (link em Inglês: Millennium Development Goals ) pode economizar 22 bilhões de dólares por ano nos países da África Subsaariana.


Versão em Português: Li Lima

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O compromisso da ONE com o Chifre da África na Iniciativa Global Clinton

Boas vindas ao Presidente e Diretor Geral da ONE, Michael Elliott, ao Blog ONE. Em seu primeiro artigo, ele escreve a respeito do compromisso da ONE com a crise na Iniciativa Global Clinton 2011. 
Como uma consequência da fome na Somália e a maior crise no Chifre da África, mais de 30.000 crianças morreram em apenas três meses – e as vidas de mais de 13 milhões de homens, mulheres e crianças estão em risco. Nenhum de nós pode simplesmente ficar à margem e observar, e é por essa razão que na ONE nós criamos hoje um compromisso na Iniciativa Global Clinton (CGI) – uma reunião anual em Nova Iorque que reúne líderes globais para implementar soluções para as questões mais urgentes do mundo – para lançar uma campanha multianual chamada “Seca é inevitável, Fome não”.

Embora tenha sido humilhante fazer esse anúncio ao lado de outro auxílio e líderes de desenvolvimento no CGI nesta manhã, eu também experimentei uma sensação de fúria. Nenhum de nós poderia estar em cena estruturando nossos compromissos. Nós sabemos como parar ações da natureza, como secas que levam a mortes desnecessárias – mas não estamos fazendo isso. A tragédia que se desenrola no Chifre da África merece uma resposta urgente e global, mas os líderes mundiais estão aquém das expectativas. E aproximadamente 1 bilhão de dólares em auxílio emergencial é desesperadamente necessário para o alívio imediato.

Para colmatar essa lacuna, nossa campanha, “Seca é inevitável, Fome não”, vai combinar uma organização popular ao longo de nosso mercado global com alto nível de engajamento político para aumentar a consciência da crise e efetivamente pressionar os governos do G8, G20 e Africano para responder a ambas as necessidades urgentes no Chifre na África e investir em soluções de longo prazo como agricultura para ajudar a prevenir a crise futura.


Nós estaremos usando todas as ferramentas existentes para trazer pessoas engajadas à campanha. Estas ferramentas vão variar de uma instigante nova PSA, nas próximas semanas, para tornar suscetível que mais de 2,5 milhões de membros da ONE possam recrutar seus amigos e familiares tanto na mídia social quanto nas comunidades.


Em curto prazo, vamos pedir aos líderes mundiais para satisfazer suas cotas na lacuna de US$ 1 bilhão em financiamento de emergência. E, em longo prazo, iremos incentivar os países a cumprirem as promessas feitas na Cúpula de l’Aquila, em 2009, para investir em programas de desenvolvimento agrícola e ajudar a cessar definitivamente o ciclo da crise. Ao longo dos últimos meses, os membros da ONE tomaram medidas reais sobre a fome no Chifre da África. Mais de 220.000 partidários da ONE pediram aos líderes mundiais para combater a fome e suas causas. E um poderoso grupo de 58 músicos e artistas – incluindo Bono, Youssou N’dour e K’naan – assinaram uma carta exigindo dos líderes Africanos e outros líderes mundiais para manter suas promessas em projetos de agricultura e, em longo prazo, de segurança alimentar.


Nosso compromisso no CGI irá aprofundar o trabalho atual da ONE sobre o Chifre da África, com o objetivo de colocar soluções sustentáveis ​​no lugar certo, além de ajudar os que precisam desesperadamente nos próximos meses. Vamos precisar de seu apoio mais do que nunca. Por favor, fique atento ao ONE.org ao longo das próximas semanas para saber mais sobre esta campanha e descubra como você pode se envolver.
  
Por Michael Elliot

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Uma em cada sete pessoas no mundo dorme com fome

Reportagem da Revista Veja on line


Situação é alarmante, principalmente pela alta de preços dos alimentos, diz FAO


Fome: região do Chifre da África é a mais afetada
Fome: região do Chifre da África é a mais afetada (Mohamed Abdiwahab/AFP)

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA) consideram que a situação da fome no mundo é alarmante, devido ao constante aumento da população mundial e a forte alta dos preços dos alimentos. "Uma em cada sete pessoas no mundo vai dormir com fome, a maioria delas mulheres e crianças", manifestou Lauren Landis, diretora do escritório do PMA em Genebra durante a inauguração de uma exposição para denunciar este problema.
Lauren, que apresentou no Palácio de Nações a mostra Lutando Contra a Fome Juntos, lembrou que "a fome mata mais pessoas a cada ano do que a aids, a malária e a tuberculose". O objetivo da FAO e do PMA é alertar sobre este problema para encontrar soluções para a atual volatilidade do mercado de alimentos e conseguir passar de uma situação de crise a uma de estabilidade que garanta comida para toda a população.
Entre 2005 e 2008, os preços dos alimentos alcançaram seu nível mais alto dos últimos 30 anos, com aumentos preocupantes em itens básicos como milho, que subiu 74% nos últimos 18 meses e o arroz, que subiu 166%. Esta situação causou revolta na população, que respondeu com episódios de agitação civil em mais de 20 países da África. A situação se agravou com a crise econômica internacional em 2008 e a posterior atuação de especuladores.
Preços dos alimentos - Abdesselam Ould Ahmed, diretor do escritório da FAO em Genebra, explica que "a situação se tornou dramática a partir de 2008, quando os preços alcançaram uma alta histórica e quase dobraram num período de três a quatro anos". "Após a queda em 2009, estamos outra vez com os preços em uma situação de alta. O quadro agora é mais dramático pelo aumento dos preços, a crise e outros problemas que limitam a capacidade do setor agrícola em suprimir a demanda", disse.


Ahmed ressaltou que há "muitas razões por trás da alta dos preços". Entre estas destacou que "a cada ano há 80 milhões de bocas a mais para alimentar no mundo" e os países em desenvolvimento elevam seu nível de vida, aumentando a pressão alimentícia. "Estes países aumentaram o consumo de carne e de outros alimentos nutritivos que precisam de uma produção intensiva, principalmente no que se refere ao consumo de cereais", afirmou.


O representante da FAO afirmou que a atual crise de fome que afeta milhares de pessoas no Chifre da África deve servir como alerta para outros países que podem sofrer com situação similar no futuro. "Muitos países estão expostos a crises desse tipo. É uma crise complexa, com um país destruído pela guerra, mas uma escassez como esta pode se repetir em outros lugares, onde se combinem a seca, os altos preços dos alimentos e a instabilidade", advertiu.