domingo, 25 de dezembro de 2011

Afinal, eles sabem que é Natal?

Não havia Music Television, celulares,  redes sociais, mensagens instantâneas...escrevíamos cartas, mandávamos telegramas, pagávamos caríssimo por nossos amados LPs, fitas K7, pelas revistas de rock e letras das músicas... era um tempo ao qual muitos dos que nos lêem hoje, mal conseguem vislumbrar. No espaço de uma geração a humanidade deu um salto tecnológico tão impressionante que eu mal consigo acreditar.
Eu era uma menina muito curiosa e impressionada com o admirável mundo novo (para aquela época) que via a minha frente. Quando me deparei com esse vídeo, soube que era um divisor de águas em minha vida,  soube que não me conformaria com o mundo como ele era e que tinha obrigação moral de fazer algo para mudá-lo. Que tolinha.
Mas tenho a honra de dizer que devo tudo o que sei a esta música. E também o embaraço de assumir que minha geração não conseguiu mudar aquele quadro, tímida por ouví-la e admitir que continua tão vergonhosamente atual.
Apesar do salto tecnológico gigantesco, neste exato momento, há pessoas morrendo de fome.


“How long must we sing this song?”




“Every generation gets a chance to change the world”.



Letra de Bob Geldof- traduzida:

"É Natal,
Não precisa ter medo
No Natal,
Nos alegramos e esquecemos as tristezas
E no nosso mundo de fartura
Podemos expressar um sorriso de alegria
Abrace o mundo neste Natal

Mas, faça uma prece
Ore pelos outros.
No Natal é difícil,
Mas, enquanto você está se divertindo
Há um mundo do lado de fora da sua janela
e é um mundo de dor e medo
Onde a única coisa que flui
são amargas e dolorosas lágrimas
E os sinos do Natal que tocam lá
São os repiques da ruína
Bem, esta noite, agradeça a Deus por ser eles
Ao invés de você

E neste Natal não haverá neve na África
Este ano, o maior presente que eles receberão é a vida
Onde nada jamais cresce
Onde não há chuva nem rios
Afinal, eles sabem que é Natal?

À sua saúde, brindemos a todos
À saúde deles, debaixo daquele sol escaldante
Afinal, eles sabem que é Natal?

Alimente o mundo
Diga-lhes que é Natal"




Por Li Lima

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

África fala com uma só voz em Durban

Quinta-feira, 08 de dezembro foi o dia das negociações da África sobre o clima na COP17 em Durban. Este evento de alto nível foi o ponto decisivo das conferências diárias  para o desenvolvimento e crescimento sustentável da África. Líderes reuniram-se para mostrar ao mundo a oportunidade que existe para desenvolvimento de energia na África.
O continente tinha 6 das 10 economias que mais rapidamente cresciam no mundo nos anos 2000. Tem um dos maiores potenciais para produção de energia renovável e uma enorme reserva de recursos naturais não explorados. Líderes falaram de seus desejos de concretizar estas oportunidades energéticas tanto para crescimento econômico quanto para a redução sustentável da pobreza.
Entre os participantes: Presidente da África do Sul Jacob Zuma, Primeiro-Ministro da Etiópia Meles Zenawi, Presidente do Congo Denis Nguesso, Presidente da Comissão da União Africana Dr. Jean Ping, Presidente do Banco de Desenvolvimento da África Dr. Donald Kaberuka – muitos outros ministros Africanos e observadores internacionais, incluindo a ONE.
No sentido de concretizar o potencial o continente precisa de um plano para mobilizar investimentos no setor energético e trabalhar em conjunto. O dia Africano na COP mostrou que eles estão se movimentando fortemente nesta direção com planos nacionais, melhorias nos níveis de cooperação e implementação de políticas para dar confiança aos investidores e doadores. 
Como Lord Nicholas Stern disse: “As pessoas estão começando a perceber o potencial da África. O recente artigo no Economist  (link em inglês) comprova isto.” O Dia da África foi contudo, mais que mostrar seu potencial. Foi também sobre a definição de sua própria visão para um tipo de crescimento que irá ignorar os atuais métodos industriais poluentes das nações desenvolvidas, ao invés disso, usar novas tecnologias para impulsionar a redução da pobreza e fortalecer a economia.
O mais encorajador foi o nível de harmonia entre os diversos líderes e o público de que a África pode ser o continente que faz as coisas de modo diferente. A promessa de trabalhar em conjunto num plano que proporciona crescimento sustentável para todos poderia de fato virar o jogo. O Economist está certo- A África está realmente crescendo.


Por Tom Wallace
Versão em Português: Li Lima

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Como foi: Piquenique & Confraternização

Para fecharmos um maravilhoso ano, nós voluntários da ONE no Brasil realizamos um encontro no Parque do Ibirapuera em São Paulo, no dia lindo, quente e ensolarado de 11 de Dezembro, verão aqui no Brasil.
Esse encontro promoveu a integração das pessoas que de uma maneira ou outra contribuíram na luta contra a pobreza extrema. Além disso, compartilhamos o trabalho da ONE com frequentadores do parque  e membros de alguns fã-clubes que em paralelo realizaram um evento solidário. 
Em clima de muita descontração, animação e ao som de U2, além de realizarmos um delicioso piquenique, trocamos idéias sobre a ajuda humanitária, Aids, questões políticas e trabalho voluntário.
Agradecemos a todos os brasileiros de todas as partes, que nos ajudam diariamente divulgando e assinando as petições. Sabemos que o verdadeiro voluntário é aquele que dá o melhor de si, sem esperar nada em troca ou mensurar o tamanho da ação, pois são com pequenas atitudes que construímos as grandes mudanças.



"Together as ONE"

Por Deise Oliveira

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Uma atualização sobre o Chifre da África

Muito obrigado aos membros da ONE, a nossa voz coletiva ajudou a arrecadar fundos de recursos da ONU para o Chifre da África em US $ 1 bilhão e provocar outros mais de 700 milhões dólares em promessas (de contribuição). Se forem somadas e cumpridas, essas promessas preencheriam mais do que a lacuna e US $ 530 milhões dos fundos.
Enquanto a ONE continua a pressionar os líderes mundiais no cumprimento de suas promessas e remeter o tão necessário apoio para salvar vidas agora, muitos africanos no Chifre da África estão longe de estarem fora de perigo. Embora as regiões de Bay, Bakool e Shabelle no sul da Somália foram rebaixadas ao status de fome de emergência humanitária em 18 de novembro, a situação na Somália é ainda particularmente terrível.
Quatro milhões de pessoas permanecem com insegurança alimentar na Somália e 250.000 no Sul da Somália continuam a enfrentar condições de fome. Estas condições devem persistir pelo menos até dezembro de 2011 e, dependendo da favorabilidade das chuvas na primavera de 2012, poderia ser prolongado.
Pessoas deslocadas enfrentam maior risco de sarampo, cólera, poliomielite, diarréia e outras doenças, devido à desnutrição, de alojamentos próximos e instalações sanitárias inadequadas. Na Somália, o número de crianças que enfrentam desnutrição grave quase dobrou no segundo semestre de 2011. Casos de cólera e as mortes relacionadas continuam. Surtos de sarampo têm diminuido desde Setembro, mas houve um pequeno aumento em novembro.
A comunidade internacional e as ONGs locais reassentaram 4.000 famílias deslocadas pela seca na Somália (24.000 pessoas) que estavam acampadas em Mogadíscio (capital da Somália). Os retornos são voluntários com a maioria das pessoas ansiosa para aproveitar o que sobrou da estação chuvosa e começar a reconstruir suas vidas. A Red Crescent Society dos Emirados Árabes Unidos (UAE-RCS) na Somália, uma das agências envolvidas no processo de reassentamento, está dando US $ 150 a cada família além de um suprimento de três meses dos recursos de gado, alimentos e outros.
Um novo programa de televisão de duas partes da Al Jazeera em Inglês, "Fault Lines"  visualiza Mogadíscio de dentro, onde os pais estão enterrando seus filhos e perguntando o que mais poderia ter sido feito para evitar esta crise e que mais pode ser feito agora. Uma pergunta muito oportuna enquanto Al Shabaab ordenou 16 agências de ajuda - muitos deles das Nações Unidas - para deixar seu território.
Depois de ataques esporádicos e seqüestros dentro das fronteiras do Quênia por Al Shabab, forças militares quenianas invadiram a Somália no mês passado. O objetivo era aproveitar a baldeação de transportes de Afmadow e a cidade portuária de Kismayo no Oceano Índico, ambas importantes fortalezas de al-Shabaab ao sul de Mogadíscio. Ao fazer isso, Quênia espera estabelecer uma zona tampão no sul da Somália para evitar a infiltração de terroristas e ajudar as agências humanitárias na região a obter um melhor acesso. Quênia já apreendeu algumas cidades e está convocando as agências de ajuda para voltar. Reuters relata que o Quénia tem sido "atormentado por uma onda de ataques" desde que as tropas entraram na Somália.
A Etiópia, apesar das perdas sofridas a partir de invasão de 2006 a 2009, é relatada estar de volta em toda a fronteira com a Somália. Embora o governo etíope não confirmou sua participação, muitas testemunhas oculares relataram tropas etíopes na cidade de Guriel. Pouco se sabe sobre as intenções da Etiópia neste momento.
E sobre o governo da Somália? Richard Dowden da Royal African Society, escreve que, com Al Shabaab ausente de Mogadíscio em meados de agosto e "com a incursão militar do Quênia, ao sul, apresenta o governo - conhecido como o Governo Federal de Transição (Transitional Federal Government – TFG) - a oportunidade de provar a si mesmo e proporcionar alimento e segurança para o povo. Mas isso é improvável de acontecer... " Ele cita o que o especialista no Chifre da África, Ken Menkhaus disse: " O histórico da TFG até agora aponta à conclusão oposta -. Nunca se perdeu uma oportunidade de perder uma oportunidade "

Por Emily Alpert
Versão em Português: Aline Dias

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Sucesso - por causa de você.

Eu estou muito satisfeito de compartilhar algumas boas notícias: você contribuiu com outra campanha de sucesso! Graças a sua pressão e de outras 65.000 pessoas que assinaram nossa petição por transparência, governos deram um passo gigante a frente no sentido de garantir que o dinheiro das doações tenham o maior impacto possível na redução da pobreza. Isto significa que nos países mais pobres ao redor do mundo os financiamentos ajudarão a salvar mais vidas, mais crianças terão oportunidade de ir a escola e mais famílias sairão da pobreza extrema.
Junto a nossos amigos da Publish What You Fund  (Publique o que Você Doa- em tradução livre), a ONE (http://www.one.org/international/ ) apresentou uma petição na reunião de governos semana passada na Coreia do Sul solicitando que eles publiquem detalhes sobre o dinheiro que doam. E a pressão funcionou. Muitos governos doadores e instituições publicaram informações de seus gastos com doações enquanto outros, incluindo o maior doador do mundo, os Estados Unidos, assinaram um acordo internacional comprometendo-se a fazer o mesmo.
Alan Hudson e Sara Messer (da ONE) entregam a petição “Faça Doação Transparente” ao Secretário de Estado para o Desenvolvimento Internacional  Andrew Mitchell(Reino Unido) , com Karin Christiansen ( Publish What You Fund) e outros parceiros.

Este é um desenvolvimento vital. Doadores serão capazes de se coordenar, reduzindo desperdícios  e sobras. Governos de países em desenvolvimento e organizações que implementam programas poderão planejar melhor, pois saberão quanto dinheiro receberão, para quais projetos e por quanto tempo. E mais, será possível aos cidadãos destes países pressionarem seus governos a prestarem contas porque saberão quais resultados são esperados deles de acordo com o dinheiro recebido.
Nós já sabemos que a ajuda , quando investida apropriadamente, leva a resultados impressionantes. Por exemplo: durante a última década, mais 46.5 milhões de crianças Africanas puderam ir a escola e o número de pessoas recebendo o tratamento contra a AIDS aumentou de 100.000 para 6.6 milhões. Graças a sua pressão, os acordos feitos semana passada agora significam que a ajuda financeira tem o potencial para obter resultados ainda maiores nos próximos anos.

Por Stuart McWilliam
Versão em Português: Li Lima

sábado, 10 de dezembro de 2011

Piquenique de confraternização - LOCAL

Olá Galera do Bem!

Estão animados para o piquenique de amanhã? 

O local de encontro será atrás do Auditório do Parque do Ibirapuera. Segue a foto do local.

Por Deise Oliveira

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Piquenique de confraternização

Queridos ONEr's Voluntários


Agradecemos a todos que assinaram as petições durante o ano, que ajudaram a divulgar e conscientizar pessoas do Brasil inteiro a olhar para aqueles que estão sofrendo na África.
O esforço de cada um é muito importante, não importa de que maneira você contribui, mas se contribui com o coração aberto e a consciência de que a partir de pequenas ações começamos a fazer a diferença no mundo, então já valeu a pena.

A todos vocês, "formiguinhas", nosso muito obrigado!

"Sometimes you can't make it on your own" 

Então, para comemorar "Together as ONE" convidamos todos para um piquenique que será realizado no Parque do Ibirapuera, no próximo domingo dia 11/12 às 10hs.
(O ponto de encontro divulgaremos durante a semana)

Informamos também, que além do nosso encontro, será realizado entre os fã-clubes UV (https://www.facebook.com/UltravioletU2Brasil/posts/227813680621790) e U2BR (http://u2br.virgula.uol.com.br/portal/node/10002694) um "Amigo Secreto Solidário". Participem! =)

Lembrando que será um piquenique, então tragam comes e bebes e muita animação!

P.S.: Quem tiver... vista sua camiseta ONE no dia do encontro. =)


Por Deise Oliveira

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

HIV/AIDS e outras doenças contagiosas


O Desafio


Apesar do HIV/AIDS, tuberculose (TB) e malária serem três doenças tratáveis e preveníveis, elas tem um impacto devastador nos países mais pobres. A África Subsaariana conta com 90% das mortes por malária,  dois terços de todas as pessoas vivendo com HIV e aproximadamente um terço de todos os casos de TB. O impacto humano dessas três doenças é inegável, mas seus impactos econômico e social são também graves e mensuráveis. Na África Subsaariana especialmente, a AIDS ameaça varrer uma geração inteira durante seus anos mais produtivos. Comércios estão perdendo seus trabalhadores, governos seus funcionários públicos e famílias perdendo não apenas seus entes queridos, mas também seus provedores.

A oportunidade


As ferramentas para prevenir e tratar HIV/AIDS, TB e malária são acessíveis, eficientes e já salvam milhões de vidas a cada ano. Por exemplo, graças ao sucesso nos esforços para baixar os preços dos medicamentos e o estabelecimento de programas como o Fundo Global ( link em inglês http://www.theglobalfund.org/en/) e o PEPFAR (link em inglês http://www.pepfar.gov/ ), um diagnóstico de HIV não é mais uma sentença de morte nos países mais pobres. Em 2009, aproximadamente 4 milhões de Africanos receberam medicação Anti-HIV/AIDS, enquanto em 2002 foram apenas 50.000 pessoas. Em apenas um ano a UNAIDS (link em inglês http://www.unaids.org/en/ ) estima que esse número cresceu 31%. O tratamento para Tuberculose também tornou-se mais acessível- 36 milhões de casos de TB foram tratados entre 1995 e 2008.
Progressos também foram alcançados na prevenção da disseminação dessas três doenças. Só o Fundo Global distribuiu 190 milhões de mosqueteiros para proteger famílias da malária e 1 milhão de mulheres grávidas com HIV receberam medicação para evitar a contaminação de seus bebês (em 2004 foram apenas 150.000 mulheres).

Versão em Português: Li Lima