O Desafio
A Assistência ao Desenvolvimento para a agricultura tem diminuído ao
longo das últimas duas décadas, deixando muitos países pobres mais vulneráveis
à fome e à pobreza. Na África Subsaariana especialmente, a agricultura tem
sido marcada por baixa produtividade e baixo investimento, o que torna difícil
para os africanos alimentar-se e ganhar renda com agricultura. O aumento dos
preços dos alimentos em 2008 comprometeu ainda mais pessoas em nações pobres
pois os preços dos alimentos importados como arroz, trigo, milho atingiram o
pico. Isso, combinado com a crise financeira mundial, resultou em um impacto econômico
devastador em famílias pobres, que frequentemente gastam pelo menos metade de
sua renda em
alimentos. Estima-se que em 2009 o número de pessoas famintas
no mundo ultrapassou 1 bilhão. Apesar deste número ter decrescido ligeiramente
(925 milhões em 2010), está prestes a subir novamente pois os preços mundiais
dos alimentos estão 50% mais altos do que há seis meses, um aumento que pode
durar anos segundo previsões de analistas e poderia conduzir milhões a pobreza
e fome .
A oportunidade
Investimento em agricultura pode ser transformador,
especialmente para os camponeses na África Subsaariana, onde o setor emprega
cerca de dois terços da população e é responsável em média por um terço do PIB.
As mulheres produzem de 60 a
80% dos alimentos na África subsaariana, e o Banco Mundial estima que o
crescimento no setor agrícola é duas vezes mais eficaz na redução da pobreza, que
o crescimento em outros setores. Este investimento vai ajudar as pessoas mais
pobres do mundo a escapar da pobreza. Além de acelerar o crescimento econômico,
o investimento na agricultura também permitirá que os países mais pobres do
mundo alimentem melhor seu povo e resistam a choques futuros decorrentes de
alterações nos preços globais de alimentos, mudanças de padrões climáticos e
crises financeiras.
O acesso a ferramentas, fertilizantes, sementes e
informações são urgentemente necessários para ajudar as comunidades a evitarem
outra crise de alimentos. Redes de Segurança Social do tipo Programa Frente de
Trabalho também são necessários para garantir que as famílias mais vulneráveis
não empobreçam ainda mais. A longo prazo, a segurança alimentar e o crescimento
e econômico exigirão investimentos significativos em agricultura e
desenvolvimento rural. Com infraestrutura, melhorias na tecnologia e
treinamento e acesso a serviços financeiros, os agricultores poderão beneficiar-se
com aumento das colheitas e conexões mais fortes com os mercados domésticos,
regionais e internacionais.
Versão em Português: Li Lima
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