terça-feira, 30 de abril de 2013

Como a colposcopia está salvando vidas na Zâmbia

Janet Fleischman e Julia Nagel, do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais na América (em inglês http://csis.org) são nossas blogueiras convidadas.

O câncer de colo do útero mata cerca de 275.000 mulheres todos os anos, dos quais 85% estão em países em desenvolvimento.


A ligação entre o HIV e o câncer cervical é rápido e mortal: mulheres infectadas pelo HIV, que também estão infectadas com tipos específicos de vírus do papiloma humano (HPV) são 4 a 5 vezes mais suscetíveis ao câncer cervical do que mulheres HIV-negativas. Isso tem implicações importantes para os programas de HIV, especialmente nos países com epidemia significativas de HIV.

Para entender as oportunidades e desafios da integração do exame de colo de útero e de tratamento em serviços de HIV para as mulheres, viajamos para a Zâmbia, que está na vanguarda da integração destes serviços.


A atenção ao câncer cervical na Zâmbia foi aumentada com o lançamento em 2011 da iniciativa Pink Ribbon Red Ribbon, que se baseia em serviços de HIV para incluir prevenção do câncer do colo de útero e de mama, triagem e tratamento. A demanda por triagem tem sido crescente, por vezes sobrecarregando os cerca de 50 trabalhadores de saúde que foram treinados.

Desde setembro de 2011, 22.000 mulheres foram examinadas, cerca de um terço das quais são soropositivas. O rastreio em si é simples e de baixo custo, que envolve embeber o colo do útero, em ácido acético, tal como a encontrada em vinagre comum, para verificar se há lesões anormais. Se forem encontradas lesões pequenas, elas são retiradas na clínica utilizando crioterapia, que é o óxido nítrico. Os casos mais avançados são encaminhados ou para o Hospital Distrital de Kabwe ou o Hospital Universitário, em Lusaka, mas estes locais ainda são inacessíveis para a maioria das mulheres em todo o país.

Este é apenas o começo; muito mais precisa ser feito para integrar efetivamente o rastreio do câncer de colo do útero em serviços de HIV em toda a Zâmbia e para se desenvolver a capacidade de examinar, encaminhar e tratar. No entanto, mulheres HIV-positivas na Zâmbia estão agora aprendendo que a triagem e tratamento para o câncer de colo do útero pode salvar suas vidas.

Nas palavras de Paxina, uma mulher HIV-positivo que foi tratada com sucesso: "o exame do câncer de colo do útero pode ajudar as mulheres que vivem com HIV e AIDS. Elas vão ficar mais saudáveis e vão viver por um longo tempo. Como eu. Eu sou HIV positivo. Eu fiz o exame de colo do útero e hoje eu estou aqui. "

Por blogueiras convidadas
Versão em Português:Aline Dias

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